São Carlos Borromeo
São
Carlos Borromeo (Arona, 1538 – Milão, 1584) foi um cardeal italiano, primeiro
bispo a fundar seminários para a formação dos futuros padres; promoveu sínodos
diocesanos; abundou os escritos catequéticos e conhecimento da doutrina católica.
Chamado a Roma pelo tio Papa, São Carlos mesmo antes de receber os Sacramentos
da Ordem, aceitou a nomeação e responsabilidades de cardeal e arcebispo de Milão.
Era filho do Conde Gilberto Borromeo e de Margarete de Medici, irmã do Papa Pio
IV (1559-1656), do qual era sobrinho. Carlos recebeu ótima formação humana e
cristã, de forma que estudou na Universidade de Pavia e destacou-se pela
facilidade de administrar e tratar as pessoas. Chamado a Roma pelo tio Papa, São
Carlos mesmo antes de receber os Sacramentos da Ordem, aceitou a nomeação e
responsabilidades de Cardeal e Arcebispo de Milão, num tempo em que a Igreja
abria-se para sua renovação interna.
Bispo que tornou-se para a Igreja um modelo de pastor e caridade, já que se
consumiu por inteiro pela guarda e salvação das almas. São Carlos, logo após ter
auxiliado o Papa e tê-lo motivado para colocar em prática todo o inspirado
conteúdo do Concílio de Trento (1545-1563), assumiu com todo o ardor a missão de
obedecer as decisões do Concílio, o qual respondia as necessidades da Igreja
daquela época, e também levar a todos os fiéis da diocese de Milão para o
Cristo.
Virgem Maria em apoio a Carlos Borromeu – Teto pintado por Johann Michael
Rottmayr (1654-1730) para a Karlskirche, Viena.
Determinado e foi o primeiro bispo a fundar seminários para a formação dos
futuros padres; promoveu sínodos diocesanos; abundou os escritos catequéticos e
conhecimento da doutrina católica; impulsionou a boa empresa e assistiu com seu
zelo e apostolado santo toda a sua região além de ajudar na Evangelização de
outras áreas da Europa, desta maneira deu sua vida a Deus gastando-se totalmente
pelo bem dos outros e da Igreja.
De uma nobre família italiana, foi feito cardeal e arcebispo de Milão por seu
tio, o Papa Pio IV. Sentindo-se atraído pela vida contemplativa, pensou em
renunciar à arquidiocese. Mas seu amigo o Venerável Dom Frei Bartolomeu dos
Mártires, arcebispo de Braga, o dissuadiu dessa idéia, convencendo-o de que,
naquele século em que o alto Clero tantas vezes dava mau exemplo, seria melhor
que ele, altamente colocado na escala social e ademais sobrinho de um Papa,
desse o bom exemplo de vida santa como arcebispo. Foi o que fez São Carlos
Borromeu, modelo perfeito de pastor de almas zeloso, que aplicou em Milão as
reformas ordenadas pelo Concílio de Trento.
Bento XVI a ele referindo-se afirmou: Sua figura destaca-se no século XVI como
modelo de pastor exemplar pela caridade, doutrina, zelo apostólico e sobretudo,
pela oração.
Dedicou-se por completo à Igreja ambrosiana: a visitou três vezes; convocou seis
sínodos provinciais e onze diocesanos; fundou seminários para formar uma nova
geração de sacerdotes; construiu hospitais e destinou as riquezas de família ao
serviço dos pobres; defendeu os direitos da Igreja contra os poderosos; renovou
a vida religiosa e instituiu uma nova Congregação de sacerdotes seculares, os
Oblatos. (…) Seu lema consistia em uma só palavra: “Humilitas”. A humildade o
impulsionou, como o Senhor Jesus, a renunciar a si mesmo para fazer-se servo de
todos”.
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